27/10/2007

Tudo a sépia


No passeio junto ao metro, um sinal: "Cross at the end of the platform. Thank you ____>" A seta apontava para a direcção do meu destino. Mas sempre que posso, atravesso a meio...

Faltam dois dias para pôr fim a mais uma etapa. Estou inevitavelmente triste... e feliz. Quando duas forças tão antagónicas te dominam, perdes noção de tudo o resto. Procuras silêncio onde não o podes mesmo encontrar. Sentes pressão, medo, pânico, euforia, nostalgia... Hoje já chorei e ri. Sou uma dicotomia. Ontem senti que o gelo frio é quente... (Hoje sim, o luar está brutal).

Hoje foi "aquele" dia: aprender a gostar de alguém por quem se desenvolveu uma antipatia natural, aulinha boa, a Dª Ermengarda, velhota de 80, que me fez achar que não devo ser boa a fazer inquéritos, regresso à baixa, à essência, majestoso café (não pagaria...), o tal cheiro a castanhas, ruas cheias, balões, pedintes, música, andar, andar, libertar, deixar sair, respirar, acreditar, falar muito, fotografias. Vento frio, daquele que te suga os lábios, te raspa a pele, e a melhor das histórias. Hoje voltamos a ser o que já fomos, não é? Senti aquele abraço de conforto, solucei. Tal como no começo, continuas aqui. Os ciclos não têm fim...

O blogue não passou a ser um registo de efemérides, mas não passa em branco ao teu dia... Parabéns amigo! Quero continuar a crescer contigo.

É oficial: tenho a amiga mais sui generis de todas. Além de deter o record do guiness em bocejos, diz que o mundo fica mais bonito e claro quando põe óculos e elegeu como melhor coisa da vida... (não digo para não te envergonhar!).

Já passou muito tempo desde que li a frase que Odete Santos seleccionou como sua favorita. De Shakespeare: "É antes do amanhecer que a solidão é mais profunda". Senti a solidão dela, porque também era minha. Hoje sei que só se sente Só a alma que se nega a ver as outras.


O homem caminhava pela praia, seguindo as pegadas da vida. Sentiu-se desamparado, tudo lhe corria mal e não sabia o caminho a seguir. As pegadas haviam desaparecido. Por isso, perguntou-Lhe:

- Porque me Deixaste? Porque me Fazes isto? Porque não me Mostras o caminho?

E Ele disse:

- As pegadas despareceram porque te levei ao colo...

1 comentário:

Anónimo disse...

Há sp alguém a torcer por ti miúda. VAI CORRER BEM! Depois há festa!